Ah, o amor!

Ah, o amor... Tantos falam dele, alguns dizem sentir, outros mesmo nunca souberam como realmente é. Anseiam por tal sentimento, presumindo ser a "fonte" de felicidade dessa vida. Julgam que o amor é a afeição que liga dois seres, onde tudo é perfeito! Criam "castelos no ar", sonham, porque aprendem nos poemas uma ficção do amor. É tudo que as pessoas querem viver, mas não conseguem. Se perguntam os motivos pelos quais não deu certo, não durou. Mas será que não era pra ser e o erro estava na outra pessoa? Os livros não mostram como se deve agir diante do amor, não há um manual. Os filmes não revelam que as pessoas não são perfeitas, que elas erram, que são orgulhosas, e que não vão voltar atrás depois de uma briga com uma rosa na mão para pedir desculpas. Vai haver rancor, magoas, e na primeira oportunidade vão estar discutindo por causa do passado, desenterrando o que já deveria ter esquecido... Também vai ter ciúmes, desconfiança, insegurança, além dos defeitos que cada pessoa carrega. Então vem a pergunta crucial: É possível amar alguém que pode ter os defeitos que você menos suporta? Sim, é possível. Pois nisto consiste o amor. O amor verdadeiro, aquele que se entrega para sofrer, que resiste às mais rudes tempestades, que se sustenta na esperança da calmaria de um abraço; onde, mesmo que ambos não tenham mais forças, tentam sujeitar-se ao equilíbrio que o outro lhe proporciona, pois juntos, são mais fortes. O amor não é perfeito, pelo contrário, é construído através do contornamento das imperfeições. No amor tem que haver perdão, aceitação, desse modo, edificarão um grande sentimento que poderá contrastar-se ao tempo. Ah, o amor... Que nos testa a paciência e as emoções. Que nos leva ao abismo da desordem e ao mesmo tempo te leva à amplidão do paraíso. Ah, o amor! Que se torna o teu ponto fraco e sincronicamente a tua maior força. Um grande paradoxo de incertezas, mas com a veracidade de que o amor deve ser sentido por completo, mesmo que ele te faça sentir entre o céu e o inferno.